Serei eu somente mais uma laranja mecânica?

Serei eu somente mais uma laranja mecânica?
"Só, na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes pense errado, é quem pode ensinar a pensar certo. E uma das condições necessárias pra se pensar certo, é não estarmos demasiado certos de nossas certezas."
-Paulo Freire-

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Inspiração

Não pretendo escrever mais,
Por dentro eu sinto que não sou mais capaz,
De trazer em palavras pensamentos,
De trazer em minhas rimas,
O mais profundo sentimento,
Aquele guardado com os maiores ressentimentos,
E receios,
Por essas e outras eu já não creio,
Que singelas frases mal ortografadas,
Eu sei que nunca serão comparadas,
Com as dos maiores poetas,
Por que a poesia deles sim afeta,
O nosso sentimento profundo,
Aquele que somente dentro do seu submundo,
No seu intimo,
Está sendo materializado em sonhos,
E no seu ritmo,
Eu não mais o acompanho,
Hoje sinto que falta inspiração,
Minha mente e o papel possuem uma semelhança,
Estão em branco,
E como um traço de esperança,
Como uma ajuda que vem pelos flancos,
Em branco eu não os deixo mais não,
Em um canto escrevo sem nenhum impasse,
Percebo que não se pode expressar numa frase,
Aquilo que quero dizer com meu coração...

Desilusão

Passado presente,
Futuro inocente,
Presente ou ausente,
Sentimento indecente.

Enquanto viajo em pensamentos,
Lembro da dor e do sofrimento,
E no passado a sua ausência,
Sentia falta da sua presença,
E triste eu estava,
Sozinho então eu acreditava,
Que você era o que me faltava,
E o sofrimento continuava...

Passado foi e o presente passa,
E o futuro chega com a mesma graça,
Solução então é dar tempo ao tempo,
Pois as horas passam e se repete a cena,
A vida não passa de um grande momento,
E gostar de ti, vale muito a pena,
Mas sofrer por ti, é o que eu não agüento...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Amor à primeira vista

 Não tem sentido,
Qualquer coisa é banal,
Sinto-me um velho falido,
Pois sem olhar nos teus olhos,
Sem querer, distraído,
Eu gostei de você...

Nem ao menos te conheço,
Nunca na verdade te encontrei,
Sinto que o nosso começo,
Foi de longe imperfeito,
Mas sei que perfeição não existe,
Sei também que estar triste,
Não é algo pra se vangloriar,
Sei que naquele exato momento,
Naquele momento em que falei contigo,
Pela primeira vez em tempos,
Senti minha alma acender,
Uma fagulha de esperança,
Que ao olhar para as pessoas,
Eu a procuro feito uma criança,
Mas como posso encontrar?
Nem ao menos te conheço...

Sei que um dia isso vai se concretizar,
Desejo te encontrar em breve,
Não estou pedindo pra se apaixonar,
Pois a paixão, não é algo que reescreve,
Uma historia antiga, talvez até bonita,
Sinto que quero recomeçar,
A escrever uma historia, mas dessa vez diferente,
Que talvez no final, o mocinho fique com a mocinha,
E que nessa historia, quero que você esteja presente,
Foi o que pensei quando a sua vida cruzou com a minha...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desisto de amar

Amor é coisa do passado,
Sentimento retrógrado e retardado,
Pensamento idiota de um homem mal amado,
Posicionamento de alguém que entende tudo errado,
Amor é coisa do passado...

Desisto de amar,
Desisto desse sentimento banal,
Pensamento este, o qual,
Transforma até mesmo um mero mortal,
Em um ser capaz de voar,
E de se alegrar,
Com apenas um sorriso,
Então já chega desse sentimentalismo!
O amor não é esse paraíso,
Só não perceba meu engano,
O amor às vezes é o egoísmo,
Mas egoísta ou não eu clamo,
Se hoje eu me preocupo com seu sorriso,
Não é hipocrisia, é porque eu te amo...

Encontros

Há muito tempo,
Procuro atento,
Um ideal momento,
Pra poder te ver...
Se a vida é feita de encontros,
E um pouco da falta deles,
Não encontrei o ponto,
Onde concilio os dois,
Pois quando espero pra te ver,
Acaba sempre ficando pra depois...

Uma hora é num barzinho,
Outrora no cinema,
Mas quando se trata de nós dois,
Se encontrar, é mesmo um problema,
A distância entre as cidades,
Morar longe; sentir saudades,
São coisas que não dá pra se evitar,
Família, outros amigos,
Será que não vou mais te encontrar?

Quando não é você,
Ou quando não sou eu,
Ou talvez essa situação,
Em que a gente se meteu,
O destino nos diz qual é o defeito,
Pois mesmo quando o acaso faz a gente se encontrar,
Percebo que ele não faz direito...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Carpe Diem

Sempre me disseram essa expressão,
Carpe diem,
Mas eu sempre parava e refletia,
Nunca compreendi a sua extensão.
Parecia algo complicado,
Palavras difíceis, escritas em latim,
Uma complexidade em seu significado,
Até que um dia, um simples sujeito me disse assim:
Desculpe-me o incômodo,
Moça e moço,
Mais me sinto morto igual a um caroço,
Estou triste na vida, não tenho ninguém,
Perdi minha amada parceira no parto,
Meu filho, de doença morreu também,
Ignorou meus conselhos, deixando-os de lado,
Perdi meu pai, não faz muito tempo,
Minha mãe está doente e hoje eu lamento,
Já estou velho, e cheio de arrependimentos,
Mas vocês... Vocês tem o poder da juventude,
Então amem! Amem o quanto puderem!
Vivam cada dia, mas vivam uma vida cheia atitude!
Não carreguem esse fardo no seu futuro,
Pois viver o amanhã, arrependendo-se do ontem,
Esse presente então poderá ser ainda mais duro,
Eu moro ali, na rua “x” no bairro “tal”,
E uma lagrima percorria seu rosto quando chegou ao final,
Não era um cidadão do tipo atlético,
Mas foi-se embora com vigor,
Talvez ele não fosse assim tão poético,
 Mas como um poeta ele declamou toda sua dor,
E momentaneamente refleti sobre aquela expressão,
Pode se dizer que suas humildes palavras,
Comoveram de fato minha alma e coração,
E o resto da noite foi diferente,
Pois se encontrava parada ali em frente,
Comovida com a história do homem, ali estava ela,
E o resto da noite foi então eterno,
Pois assim como o carpe diem prega,
Viver cada dia, a partir do colo materno,
É bem mais simples quando o momento te carrega...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cores

Se olho em seus olhos,
E enxergo a sua alma,
Procuro mas não vejo a cor,
Qual o sentido dessa calma?
Conte-me, qual a sua dor?
Por que essa frágil e doce alma,
Se mantém incolor...

Se uma cor reflete o seu estado,
Seu espírito, e sua aura,
Por que continuo preocupado?
Com uma ausência de coloração,
Ou uma pequena chaga em seu coração,
Porque as cores servem pra dar vida,
Assim como em uma tela pintada,
E se eu não as vejo em sua rica alma,
Então as cores não servem pra nada...

Inocência

A vida passa,
Tudo é sem graça,
Por que eu vejo as pessoas sorrindo?
Não sei o que é,
Só sei que é tão lindo...

Por que olho só pra ela?
Esperando um dia acontecer,
Por que sua face está tão bela?
Seu corpo, sua aura, vejo tudo crescer,

Quais mistérios escondes?
Seus segredos, levados pelo vento,
Mas me diga pra onde?
Sem nenhuma falsidade,
Não diga mais do que a verdade,
Esse sorriso, esse olhar,
Esse desespero de amar,
Tudo o que eu não vivo sem,
Mas basta um sorriso,
Esse maldito sorriso,
E tudo fica tão bem...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Diário de um dia tedioso

Cadê todo aquele ânimo existente?
Em uma alma de duas décadas de idade,
Toda essa indisposição agora persistente,
É algo ruim pra minha vaidade.
Hoje peguei um velho caderno,
E esbocei nele um diário,
Escrevi sobre um dia tedioso,
Assim como qualquer dia de inverno,
Onde o ócio se transforma em um bom negócio,
Pra organizar a mente, o espaço, o tempo,
Afinal, não vejo sentido em ser um sócio,
Da desorientação de uma caravela sem vento,
Da desorganização de meus pensamentos, sentimentos,
E pra que isso não aconteça,
É preciso que da sua vida se reserve um dia,
Saia ou fique em casa, espaireça,
Relaxe um pouco, deixe a louça suja na pia,
Pegue um violão e curta uma boa música,
Ensaie alguns acordes, inicie a sua busca,
Pela sua paz interior,
Aquela que o mundo fez questão de te roubar,
Encontre-a e dê a ela o seu devido valor,
E quando essa paz de ti transbordar,
Tenha o direito de se sentir orgulhoso,
Pois foi isso que hoje escrevi no meu diário,
Que eu tive um ótimo dia tedioso...

Poesia

Quem sabe um dia
Palavras vazias,
Cheias de magia,
Se tornem poesia,


Se faça o mistério!

Irônico ou serio...

Se faça a beleza!
Da mulher ou da natureza...
Se faça a crítica!
Da sociedade ou da política...
Seja em um verso ou em um tema,
Uma estrofe ou poema,
Continue com sua beleza extrema.


A beleza dos parnasianos,

A beleza dos loucos,
Árcades e barroco,
Mas que evolua com o passar dos anos,
Que não importe de qual escola,
Era do café ou da coca cola,
Que não importe a sua idade,
Seja no campo ou na cidade,
Que para sempre e todo dia,
Essas mágicas palavras vazias,
Façam a nossa alegria,
Com toda a sua beleza,
Ó poesia!

Perdendo a virgindade

Primeiro encontro com o meu blog, o qual eu lutei muito pra não criar, mas meu grande amigo Arruda, me convenceu a criar. Esse blog não tem como finalidade nada, na verdade é um momento meu de compartilhar minhas poesias, e ao mesmo tempo ter elas gravadas pra sempre (ou não) em um lugar que eu possa achar, não que elas sejam boas, mas tem um valor sentimental grande... Não sou poeta por profissão, nem por hobbie,, sou amador, no principal sentido da palavra, amo poesias, e amo as que eu escrevo (narcisista não?).
Enfim... é isso aee! :D